terça-feira, 10 de março de 2009

Lei dos Semelhantes, Experimentação no Homem São e Dinamização

Foi estudando livros de um médico Inglês que Hahnemann encontrou um texto sobre a China, que é a casca de uma árvore que cresce na região do Peru, e era usada para tratamento de malária. Segundo este médico, a cura ocorria porque essa casca causava um desconforto no estômago, não que isso faça algum sentido. Hahnemann, de teimoso que era, resolveu se intoxicar com essa planta para verificar se o texto estava correto, e percebeu que, enquanto sob efeito da planta, aprentava estar ele próprio com malária, que desaparecia assim que interrompesse o uso.

Hahnemann já havia traduzido livros de médicos gregos, entre outros, que proclamavam esse mesmo príncipio. Não demorou muito para que a base da Homeopatia estivesse formada, a Lei dos Semelhantes. Esta lei implica na capacidade de uma substância curar alguma doença, desde que seja capaz de causar um desequilíbrio parecido em um organismo vivo. Homeopatia, não por acaso, é um nome de origem grega, e significa sofrimento semelhante.


Agora, para saber aquilo que o pretenso remédio poderia curar, só era preciso intoxicar pessoas saudáveis com ele, e depois anotar todos os sintomas relatados. É um processo bastante simples, ainda mais quando cada medicamento deveria ser experimentado em dezenas de pessoas, e esporadicamente aparecia algum medicamento com mais de mil sintomas relatados, precisando ainda dizer a frequência com a qual surgiam... Isso lá em 1800, sem o Excel. Esse processo foi chamado de Experimentação no Homem São.

Claro, não era abundante a quantidade de pessoas dispostas a arriscarem suas vidas para tal experimento, muito menos o próprio Hahnemann, que era sempre o primeiro a fazer esse teste.

Por esse motivo, a idéia que surgiu foi de diluir a substância original, para que não houvesse riscos exagerados, e então aumentar a dose experimentada caso não aparecessem sintomas, mantendo assim uma margem de segurança. Neste ponto aconteceu uma coisa estranha. Quando o medicamento em experimentação era diluido várias vezes, sintomas bastante peculiares surgiam, que não estavam presentes na intoxicação acidental pela substância pura. O processo de diluição usado parecia enriquecer a quantidade de sintomas que surgiam.


Esta etapa foi então aprimorada, e foi então feita a
diluição de forma que se pudesse saber exatamente a quantidade de matéria original, além de uma agitação específica do frasco de medicamento, e este processo recebeu o nome de dinamização. Agora, não era mais estranho, já era assutador, que mesmo quando nenhuma parte da matéria original estava presente no medicamento, este não só ainda apresentava sintomas, com também os apresentava de maneira bastante duradoura.

Este processo é o ponto crítico da Homeopatia, e portanto outro post será dedicado só para ele. Os objetivos aqui foram criar o conceito destes três princípios
e explicar de onde eles surgiram, já que isso é a base da Homeopatia, e em outros textos pode ser necessário o entendimento deles. Por hoje é só.

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