terça-feira, 10 de março de 2009

Dinamização - parte 2

A aspirina completa 110 anos agora, em 2009. Esse aniversário é dela como marca, não com princípio ativo, o acído salicílico (a parte de acetato usada hoje só foi incorporada à fórmula em1897), usado desde as primeiras civilizações conhecidas, o que deve ser aproximadamente uns 4000 anos. Um senhor chamado John Vane descobriu, em 1971, o seu mecanismo de ação, e foi premiado com o Prêmio Nobel. Comparado com o tempo de uso que a aspirina tem, a descoberta de como ela funciona é bastante recente.

O interessante é perceber que nunca deixou-se de usar o ácido em questão por não se saber como ele funcionava. O importante é que funcionava e ponto final. Se ele atua em uma determinada enzima ou proteína de superfície específica, isso nunca foi relevante para quem sentia dores. Mas... o que tem a Homeopatia com isso?

A grande maioria das críticas contra a Homeopatia tem seus fundamentos neste mesmo princípio. Dizem que não há como um medicamento dinamizado a tal ponto que não tenha mais princípio ativo ter alguma ação em um organismo, e portanto não funcionam. Ora, se acompanhassem algum tratamento homeopático bem feito, poderiam verificar sozinhos o fato de que os medicamentos funcionam, mas deve ser bastante trabalhoso observar e tirar conclusões.

É aqui que entra a aspirina. Pelo fato de que não sabemos como funciona o medicamento homeopático significa que ele não funciona? Quer dizer então que a nossa ciência chegou ao fim, não há mais nada para ser descoberto? Ou então que a única maneira de interferir em um organismo de maneira benéfica (ou não) seja quimicamente? Vamos responder então estas perguntas.

Primeira: A minha curta experiência prova que o medicamento funciona, e todos que quiserem verificar este funcionamento só precisam se dar ao trabalho observar a evolução dos pacientes da Homeopatia.

Segunda: Se a ciência chegou ao fim, por que gastamos montanhas de dinheiro pesquisando todo tipo de assunto? E se a descoberta de como a Homeopatia funciona está ali, esperando para ser desvendada, como a aspirina o foi? A nossa ciência é primitiva e inocente, mesmo sendo o que temos de mais valioso. Essa eu copiei do Einstein!

Terceira: Quando um médico usa um desfribilador para reverter uma parada cardíaca, há um estímulo inicial quimico? E quando uma pessoa angustiada com o estado de saúde de um ente querido recebe a notícia de que este passa bem? No caso da veterinária, a chegada do dono para aliviar a ansiedade do animal pode ser considerada esse estímulo? Pode-se ver que não é somente a química que pode fazer bem ou mal a um organismo, qualquer que seja. É, portanto, um pensamento muito limitado achar que se não há química, não pode haver cura.

Eu imagino que já exista argumentos suficientes aqui para anular as críticas acerca do processo de dinamização. Se ficou alguma dúvida acerca de como é realizado este processo, ou se algum argumento contra ele não foi explicado, peço que utilizem os comentários para perguntar ou trazer essas críticas.

Voltando um pouco agora, para a parte de observar os pacientes, tenho que fazer essa observação. O acompanhamento de um tratamento homeopático qulaquer deve ser feito com olhar crítico, claro, mas também sem preconceitos. Isso é muito, mas muito importante mesmo. O pré-julgamento dos efeitos da Homeopatia turva qualquer conclusão que se poderia ter e faz aquele que obseva os fatos os ignorar. Eu mesmo já ouvi barbaridades sobre como o efeito da Homeopatia não passa de placebo, mesmo curando em todos os casos discutidos na ocasião. É o tipo de coisa que não compensa relatar aqui.

2 comentários:

  1. Bom post.
    Talvez trocar quimica por alopatia, já que quimica é bem mais geral, né?
    abraço

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  2. Não tinha pensado nisso, mas é uma boa idéia. a motivação inicial foi devido ao fato das críticas à Homeopatia serem sempre dirigidas ao fato de que não há o princípio ativo em algumas diluições utilizadas, e também que não era a intenção fazer um ataque à Alopatia, já que muitos críticos nem médicos são.

    Obrigado pela participação!

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